segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Salvamento Aquático



     Compreende-se  por  salvamento  aquático,  todas  as  operações  realizadas  em rios, lagoas,  represas,  mar,  enchentes,  piscinas  e  outros  mananciais  de  água, visando  à  prevenção  da  integridade  física  de  pessoas  que  se  envolvam  em ocorrências em que a água seja o agente causador de acidentes;
 
Prevenção de afogamentos:

      Abrange  todas  as  medidas  necessárias  para  se  prover  a  segurança  de banhistas de modo a se evitar afogamentos;
 
     Nos  dias  mais  quentes,  a  população  de  forma  geral  procura  piscinas,  rios, lagoas, represas e praias para se banhar ou mesmo andar de barcos, esquecendo muitas  vezes  dos  perigos  de  afogamentos  que  sempre  surgem  para  aqueles  que, além  de  não  saberem  nadar,  são  imprudentes  e  não  respeitam  as  normas  de segurança;
 
      Em  locais  de  maior  afluência  popular,  como  represas  e  praias,  o  Corpo  de Bombeiros   designa   guarda-vidas   para   prevenção   de   afogamentos   e   para   a realização de salvamentos;
 
      Na  periferia  das  cidades,  especialmente  as  crianças,  quase  sempre sem  o conhecimento dos pais, procuram qualquer buraco que tenha água para nadar, e é principalmente  nesses  locais  mais  isolados  que  o  Policial  Militar  deve  intervir, visando à segurança da população, através da interdição da área de perigo;
 
     Basicamente  uma  adequada  prevenção  de  afogamentos  se  faz  através  de sinalização  e  orientação,  treinamento,  observação  dos  banhistas,  emprego  de equipamentos    adequados,    advertências    e    campanhas    educativas    e    de esclarecimento.
 
Sinalização:

     É  um  eficiente  meio  de  prevenção  de  afogamentos,  que  pode  ser  feito através do  uso de  placas de advertência dos  riscos  existentes no local, através  de gestos  dos  guarda-vidas  indicando  um  local  seguro  para  o  banhista  se  deslocar geralmente associado ao uso de sinais sonoros por apito .
 
Treinamento:



     O Guarda-vidas deve treinar constantemente, procurando manter-se técnica e fisicamente  em  condições  de,  a  qualquer  momento,  retirar  da  água  pessoas  que estejam se afogando, aplicar os primeiros socorros e encaminhá-las ao hospital nos casos mais graves.
 
Observação dos banhistas:



     O técnico em salvamento aquático (Guarda Vida) deve procurar um bom local para  realizar  a  observação  de  sua  área  de  trabalho,  onde  tenha  maior  visão,  em local  de  destaque, em  caldeirões  ou  elevação  na  orla  da  água,  e  sempre  que possível, fazer uso de equipamentos que lhe aumente o campo de visão, como, por exemplo, binóculo.
 
Emprego de equipamentos adequados:

     São equipamentos individuais obrigatórios para uma boa atuação de Guarda Vidas: o flutuador tipo life-belt (salsichão), o par de nadadeiras e o apito;

     São  equipamentos  de  que  deve  dispor  o  setor  de  trabalho:  o  cadeirão,  a prancha de salvamento e o rádio transceptor. Em lagoas, piscinas, proximidades de atracadouro,  píeres,  etc.,  boias  circulares  de  salvamento  com  cabo  retinida  são equipamentos também eficientes.
 
     Equipamentos de apoio eficientes para um grupo de setores ou praias: botes com motor de popa, motos aquáticas, jet-boats, lanchas e helicóptero.
Campanhas educativas e de esclarecimentos:
 
     É  sabido  que  alguns  banhistas  não  cumprem  os  avisos  de  perigo,  que  em virtude  disto,  devem  ser  advertidos  sobre  as  áreas  demarcadas,  podendo  ser orientados no sentido de:

1) tomar banho na parte rasa;
2) nunca tomar banho de mar após as refeições;
3) não bancar o “durão” e gritar por socorro enquanto tiver forças;
4) acatar as advertências dos guarda-vidas;
5)  não  nadarem  próximo  às  rochas,  às  pontes,  aos  barcos,  aos  diques,  aos atracadouro, etc;
6) nadar com calma e paralelo à praia, até sair da correnteza;
7)  quando  tiverem  câimbra,  permanecerem  parados,  flexionando  e  esfregando  o músculo atingido;
8)  caso  caírem  de  uma  embarcação,  tirar  os  sapatos  e  as  roupas  mais  pesadas, mantendo a calma.

     Nos  períodos  anteriores  às  temporadas  de  verão,  organizar  campanhas  de esclarecimentos à população, por meio da imprensa falada, escrita e televisionada, as quais recorrem a autoridades para esclarecimentos à população sobre os perigos existentes  no  mar  e  represas,  e  o  que  poderá  ocorrer  com  os  casos  de  insolação, choque térmico e nadar após as refeições.
Conhecimentos técnicos básicos:

     Para   que   um   guarda-vidas   tenha   condições   de   exercer   a   profissão, necessário  se  faz  conhecer as  características  morfodinâmicas  da  praia  e  os  riscos específicos   das   lagoas,   rios,   represas,   etc.,   onde   for  atuar,   assim   como   as condições  do  tempo,  as  condições  das  águas,  conhecimento  sobre  o  atendimento emergencial ao afogado, técnicas de judô aquático e técnica de salvamento.


Fonte: Comissão de Padronização de Salvamento Aquático, Do Corpo De Bombeiros Da PMESP

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