Compreende-se  por  salvamento  aquático,  todas  as  operações  realizadas  em rios, lagoas,  represas,  mar,  enchentes,  piscinas  e  outros  mananciais  de  água, visando  à  prevenção  da  integridade  física  de  pessoas  que  se  envolvam  em ocorrências em que a água seja o agente causador de acidentes;
 
Prevenção de afogamentos:
Abrange todas as medidas necessárias para se prover a segurança de banhistas de modo a se evitar afogamentos;
     Nos  dias  mais  quentes,  a  população  de  forma  geral  procura  piscinas,  rios, lagoas, represas e praias para se banhar ou mesmo andar de barcos, esquecendo muitas  vezes  dos  perigos  de  afogamentos  que  sempre  surgem  para  aqueles  que, além  de  não  saberem  nadar,  são  imprudentes  e  não  respeitam  as  normas  de segurança;
      Em  locais  de  maior  afluência  popular,  como  represas  e  praias,  o  Corpo  de Bombeiros   designa   guarda-vidas   para   prevenção   de   afogamentos   e   para   a realização de salvamentos;
 
      Na  periferia  das  cidades,  especialmente  as  crianças,  quase  sempre sem  o conhecimento dos pais, procuram qualquer buraco que tenha água para nadar, e é principalmente  nesses  locais  mais  isolados  que  o  Policial  Militar  deve  intervir, visando à segurança da população, através da interdição da área de perigo;
 
     Basicamente  uma  adequada  prevenção  de  afogamentos  se  faz  através  de sinalização  e  orientação,  treinamento,  observação  dos  banhistas,  emprego  de equipamentos    adequados,    advertências    e    campanhas    educativas    e    de esclarecimento.
 
Sinalização:

É um eficiente meio de prevenção de afogamentos, que pode ser feito através do uso de placas de advertência dos riscos existentes no local, através de gestos dos guarda-vidas indicando um local seguro para o banhista se deslocar geralmente associado ao uso de sinais sonoros por apito .
Treinamento:
O Guarda-vidas deve treinar constantemente, procurando manter-se técnica e fisicamente em condições de, a qualquer momento, retirar da água pessoas que estejam se afogando, aplicar os primeiros socorros e encaminhá-las ao hospital nos casos mais graves.
Observação dos banhistas:
O técnico em salvamento aquático (Guarda Vida) deve procurar um bom local para realizar a observação de sua área de trabalho, onde tenha maior visão, em local de destaque, em caldeirões ou elevação na orla da água, e sempre que possível, fazer uso de equipamentos que lhe aumente o campo de visão, como, por exemplo, binóculo.
Emprego de equipamentos adequados:
São equipamentos individuais obrigatórios para uma boa atuação de Guarda Vidas: o flutuador tipo life-belt (salsichão), o par de nadadeiras e o apito;
São equipamentos de que deve dispor o setor de trabalho: o cadeirão, a prancha de salvamento e o rádio transceptor. Em lagoas, piscinas, proximidades de atracadouro, píeres, etc., boias circulares de salvamento com cabo retinida são equipamentos também eficientes.
     Equipamentos de apoio eficientes para um grupo de setores ou praias: botes com motor de popa, motos aquáticas, jet-boats, lanchas e helicóptero.
Campanhas educativas e de esclarecimentos:
 
Campanhas educativas e de esclarecimentos:
     É  sabido  que  alguns  banhistas  não  cumprem  os  avisos  de  perigo,  que  em virtude  disto,  devem  ser  advertidos  sobre  as  áreas  demarcadas,  podendo  ser orientados no sentido de:
1) tomar banho na parte rasa;
2) nunca tomar banho de mar após as refeições;
3) não bancar o “durão” e gritar por socorro enquanto tiver forças;
4) acatar as advertências dos guarda-vidas;
5) não nadarem próximo às rochas, às pontes, aos barcos, aos diques, aos atracadouro, etc;
6) nadar com calma e paralelo à praia, até sair da correnteza;
7) quando tiverem câimbra, permanecerem parados, flexionando e esfregando o músculo atingido;
8) caso caírem de uma embarcação, tirar os sapatos e as roupas mais pesadas, mantendo a calma.
Nos períodos anteriores às temporadas de verão, organizar campanhas de esclarecimentos à população, por meio da imprensa falada, escrita e televisionada, as quais recorrem a autoridades para esclarecimentos à população sobre os perigos existentes no mar e represas, e o que poderá ocorrer com os casos de insolação, choque térmico e nadar após as refeições.
Conhecimentos técnicos básicos:
Para que um guarda-vidas tenha condições de exercer a profissão, necessário se faz conhecer as características morfodinâmicas da praia e os riscos específicos das lagoas, rios, represas, etc., onde for atuar, assim como as condições do tempo, as condições das águas, conhecimento sobre o atendimento emergencial ao afogado, técnicas de judô aquático e técnica de salvamento.
Fonte: Comissão de  Padronização de Salvamento Aquático,  Do  Corpo  De  Bombeiros  Da PMESP





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