Equipamentos de busca e salvamento aquático:
O equipamento mínimo para uma operação aquática, para fins de busca e/ou resgate de vítimas de afogamento, bem como objetos diversos facilitam as atividades aquáticas, porém a falta de equipamentos e embarcação, seja ela qual for pode prejudicar ou inviabilizar a operação, ou ainda tornar impossível sua execução, colocando em risco a
vida dos socorristas e vítimas.
Equipamento básico de mergulho:
Constituído de máscara facial, tubo de respiração (snorkel) e nadadeiras, tem como finalidade auxiliar na busca de superfície em águas claras, dando maior conforto ao socorrista bem como maior segurança;
Barcos:
A denominação barco abrange os tipos de embarcações de pequeno porte, destinarem a flutuarem sobre a água;
O Corpo de Bombeiros, para emprego em operações aquáticas, utiliza-se de barcos com estrutura de hidumínium (liga metálica de alumínio), fiberglass e borracha sendo que, usualmente a viatura Auto Salvamento (AS) é equipado com um barco de casco no formato de um “V”, de hidumínium:
Os barcos, sejam quais forem suas dimensões e formatos, devem possuir especificações que satisfaçam, principalmente, às seguintes exigências:
a) Flutuabilidade: tendência a pairar sobre a superfície da água;
b) Estabilidade: permanência sobre a superfície da água em posição correta, equilíbrio e segurança;
c) Navegabilidade: deslocamento sobre a superfície da água;
d)Manobrabilidade: movimento fácil em todas as direções, mesmo em situações adversas (marola, correnteza, redemoinho, vento forte, et
As principais partes de um barco em nomenclatura são:
a) proa: extremidade posterior, normalmente afilada; na chata, a proa não possui afilamento;
b) popa: extremidade posterior;
c) meia-nau: parte intermediária entre a proa e popa;
d) bordos: lados do barco em relação ao plano longitudinal, denominando-se bombordo (BB) o lado esquerdo, e boreste (BE) o lado direito, de quem olha da popa para a proa;
e) casco: invólucro externo do barco, distinguindo-se nele o fundo (parte inferior) e os encolamentos (partes curvas entre o fundo e os bordos);
f) quilha: peça estrutural básica do casco, disposta na parte mais baixa do seu plano diametral, em quase todo seu comprimento;
g) estrado: estrutura plana e rasa, em geral de madeira colocada sobre o fundo interior do barco;
h) bancos fixos: normalmente, dois ou três sendo transversal ao comprimento do barco;
i) remo: instrumento de madeira composto de um cabo roliço terminado por uma parte espalmada, que funciona como alavanca interfixa, para propulsão do barco;
j) forquetas: suportes colocados nos bordos do barco, em forma de “Y”, que servem para o apoio dos remos;
k) espelho da popa: parte reforçada do lado externo da popa, normalmente de madeira, que serve para fixar o motor de propulsão, quando houver;
l) cavername: conjunto de peças perfiladas que se assentam sobre a quilha formando o arcabouço do barco;
m) âncora: as mais usuais são as do tipo Folding (três quilos) e Danforth (cinco ou oito quilos).
Operando, constantemente, em serviços de proteção, busca inundação etc, o barco deve possuir equipamentos de segurança para cada um dos seus usuários:
a) as necessidades mínimas para proteção dos usuários são: extintor de incêndio, bóias salva-vidas, corda flutuante, maleta de pronto-socorro, remos sobressalentes e equipamentos outros, a critério dos usuários, contanto que não causem uma sobrecarga ao barco;
b) quando propulsão do barco for realizada por motor de popa deve se levar corrente ou corda de segurança, amarrado nele e no barco, a fim de evitar a perda do motor que poderá se soltar do espelho da popa devido à vibração do seu funcionamento; deve, ainda, levar reserva de combustível.
Para trabalhos especiais de proteção ou buscas, o Corpo de Bombeiros dispõe de outros barcos, com características específicas.
O barco de alumínio (CHATA):
Construído em alumínio, liga naval, fundo chato, sem quilha, para trabalho em água doce ou salgada, sob o barco existem flutuadores. Na popa, possui um dispositivo para acoplamento do motor de popa, possui olhais para fixação de corda espia e sua capacidade é de até quatro pessoas. Nas laterais, possui suportes para colocação de forquetas. Deve vir com remos (par), par de forquetas e estrados de madeira usados em operação de salvamento:
O barco de alumínio (HIDRO V):
Construído em alumínio, liga naval, fundo semi V, para trabalho em água doce ou salgada, sob o barco existem flutuadores. Na popa, possui um dispositivo para acoplamento do motor de popa, possui olhais para fixação de corda espia e sua capacidade é de até quatro pessoas. Nas laterais, possui suportes para colocação de forquetas. Peso de 55 kg, comprimento 3,60 m, de largura de boca 1,35 m, altura de bordo 0,45m. Deve vir com remos (par), par de forquetas e estrados de madeira usados em operação de salvamento.
Bote inflável:
Bote com convés coberto. Devem ser concebidos para enfrentar tarefas de prevenção e salvamento aquático.
Bote Inflável com casco rígido para salvamento (misto):
A especificação n° DFP-247/222/91 do CB fixa as condições mínimas exigidas para a aquisição de bote inflável com casco rígido para salvamento:
Bote inflável para salvamento em corredeira (Rafting):
Moto-aquática (jet ski):
A especificação nº DFP 272/222/91 do CB fixa as condições mínimas exigidas para a aquisição de moto-aquática:
Destaca-se atualmente, o emprego da moto-aquática na prevenção e até mesmo nos salvamentos aquáticos.
Motor de popa:
Quando a propulsão do barco não for manual, com uso de remos ela é realizada através motores à explosão, entre os quais aquele que se acopla na popa do barco e, por isso, é denominado motor de popa;
Muitas são as marcas, tipos e modelos de motores de popa. A seguir, descreve-se genericamente suas principais características.
- Nomenclatura -L A D O B O R E S T E
- Tampa do Motor;
- Alavanca de marcha;
- Alça de transporte;
- Alavanca trava de inclinação;
- Vareta de ajuste da inclinação;
- Descarga d’água (Boreste);
- Pino de Corrente Alternada;
- Talão da quilha;
- Tampão do dreno do óleo e enchimento de óleo;
- Caixa de engrenagem;
- Admissão de água;
- Bujão do nível de óleo;
- Parafuso de fixação;
- Suporte de fixação;
- Parafusos de fixação;
- Cabo de corrente alternada;
- Alavanca de direção com acelerador;
- Afogador;
- Maneta de arranque;
- Hélice;
- Alça de transporte do tanque;
- Mangueira de combustível;
- Bomba de sucção de combustível (manual).
Nomenclatura - L A D O B O R E S T E E T A N Q U E
Tanque de combustível;
Placa antigravitacional;
Tampa do tanque.
OBS.: esta nomenclatura é referente ao Motor de Popa Tohatsu de 25 HP.
Instalação do motor:
Não instale em sua embarcação um motor mais potente do que o modelo previsto pelo fabricante.
Altura da popa:
1) 368 mm a 394 mm para motor stander;
2) a altura da popa é muito importante para que se tenha um empuxo máximo no rendimento do motor. Se a popa é demasiadamente alta, poderá provocar uma cavitação (formação de bolhas de ar na hélice e afetar o rendimento do motor, seu resfriamento será prejudicado dando um super aquecimento);
3) se a popa é baixa, produzirá um freamento, provocando uma perda de velocidade.
fixação do motor na embarcação:
fixação do motor na embarcação:
Após fixar o motor, amarrar uma extremidade de um cabo ou corrente na argola de segurança do motor, e a outra extremidade fixa no barco.
OBS: após 15 minutos de funcionamento reapertar os parafusos de fixação.
Ângulo do motor:
Regular o ângulo do motor para que a embarcação ande nivelada com a marca d’água.
Combustível:
Por ser motor dois tempos, e não tendo cárter de óleo para lubrificação do motor, é necessário que se misture óleo à gasolina, na seguinte proporção de 01 litro de óleo 2 tempos para 40 litros de gasolina. A gasolina recomendada é de automóvel (69 octanas) óleo recomedado 2 tempos para motor de popa.
OBS: quando efetuar a mistura, balançar bem o tanque para que o óleo se dilua e misture com a gasolina.
Arranque e funcionamento:
Coloque o tanque na embarcação de forma que não se mova, e assegure-se de que a mangueira de combustível não fique espremida sob o tanque ou qualquer outro objeto pesado na embarcação:
1) conecte a mangueira de combustível no tanque e motor;
2) aperte várias vezes a bomba (pêra) até notar uma resistência (endurecimento);
3) coloque o punho de aceleração na posição “SHIFT” (deslocar);
4) coloque a alavanca de câmbio na posição “NEUTRAL” (neutro);
5) coloque o punho de aceleração na posição “START” (partida);
6) certifique que o câmbio está neutro;
7) puxe o botão do afogador, caso o motor esteja frio;
8) puxe suavemente a maneta de arranque até perceber o engate, após puxe com firmeza, e repita a operação até que o motor pegue arranque. Para evitar danos no cabo e mola de partida, deixe que o cabo se enrole não o soltando de uma vez.
Após o motor ligado volte o botão do afogador gradualmente, até que o motor funcione normalmente;
9) verificar se o indicador da bomba d’água está funcionando bem. como cambiar a marcha e controlar a velocidade:
Marcha para frente:
Coloque o punho de aceleração na posição “SHIFT”, com movimento firme coloque a alavanca na posição “FORWARD” (frente);
Não passe a marcha se o punho do acelerador não estiver na posição “SHIFT”. Para aumentar a aceleração no sentido anti-horário, posição (rápido). Para reduzir velocidade temos que girar no sentido horário, posição “SLOW” (lenta).
Marcha-a-ré:
Colocar o punho do acelerador na posição “SHIFT” e passar a marcha com um movimento firme.
arranque de emergência:
Se o cabo de partida ou o arranque não funcionar (cabo quebrado ou mola), tire a tampa do motor e de o arranque pelo volante com um cabo de 1/4” (6,35 mm) de diâmetro.
Localização de avarias:
Se o motor não arranca, verifique os seguintes itens:
1) se o punho de aceleração encontra-se na posição “START” e a alavanca de marcha na posição “NEUTRAL”;
2) se há combustível no tanque;
3) instalações incorretas do conector de combustível;
4) bomba (pêra) da mangueira não está invertida;
5) o carburador está seco (aperte a bomba da mangueira);
6) se o tanque não está frio e o afogador está aberto;
7) se o motor está frio e o afogador está aberto;
8) se a mangueira está livre, sem dobras ou furos;
9) motor quente e afogado (afogue e feche a agulha de gasolina, acionando o arranque diversas vezes, até que expulse o excesso);
10) se o filtro da bomba de combustível não está obstruído;
11) água no combustível (esvazie e troque a mistura);
12) não tem faísca;
13) cabo de vela solto;
14) vela com eletrodo queimado ou molhado;
15) sistema de ignição (ver distribuidor);
16) ignição eletrônica com conectores mal conectados;
17) velas soltas (mal rosqueadas);
18) separação incorreta dos eletrodos (motores antigos);
19) rever instalação de partida.
12) não tem faísca;
13) cabo de vela solto;
14) vela com eletrodo queimado ou molhado;
15) sistema de ignição (ver distribuidor);
16) ignição eletrônica com conectores mal conectados;
17) velas soltas (mal rosqueadas);
18) separação incorreta dos eletrodos (motores antigos);
19) rever instalação de partida.
Se o motor carece de potência, verifica-se:
1) velas defeituosas;
2) filtro da bomba de combustível parcialmente tapado;
3) tomada de água obstruída, o sistema de resfriamento não funciona corretamente.
2) filtro da bomba de combustível parcialmente tapado;
3) tomada de água obstruída, o sistema de resfriamento não funciona corretamente.
Se o motor vibra com excesso, verifica-se:
1) hélice gasta ou torcida;
2) carburador mal regulado;
3) parafuso da fricção de direção está frouxo;
4) sujeira na hélice.
Se o motor funciona, mas o barco não avança, verificar:
1) sujeira na hélice;
2) hélice gasta ou torcida.
retirada do motor da embarcação:
Afrouxe os parafusos de fixação, solte o cabo de segurança e a mangueira de combustível. Levante verticalmente o motor para livrá-lo da embarcação;
Para levantar o motor utilize a empunhadura de transporte localizada na parte traseira do motor. Não utilize a garra de inclinação da tampa do motor para a operação de levantamento e transporte;
Não coloque o motor de forma que a rabeta fique mais alta do que o corpo do mesmo, pois desta maneira poderá correr água do tubo de escape para dentro dos cilindros, danificando-os.
resfriamento:
resfriamento:
A água de resfriamento está sendo sugada por uma bomba d’água situada acima do cárter do hélice. Com pequena velocidade funciona como bomba aspirante, e em grande velocidade como bomba centrífuga. Um termostato mantém temperatura constante com o funcionamento do motor.
Ajuste:
1) ajuste da tensão de direção;
2) apertar ou soltar o parafuso de tensão, para que a direção não fique frouxa ou dura demais;
3) ajuste a fricção de inclinação;
4) com uma chave de 9/16 “aperte a porca da inclinação o suficiente para controlá-la”;
5) não apertar demais porque pode danificar o motor em caso de choque com algum objeto;
6) ajuste a marcha lenta;
7) girando o botão para a direita aumenta e, para a esquerda diminui a aceleração.
Esta operação é feita com o motor quente e com o acelerador na posição “SLOW”;
8) ajuste do carburador;
9) alta velocidade, regulada de fábrica, baixa velocidade, girar o botão de marcha lenta para a esquerda ou para a direita até que o motor tenha um funcionamento suave;
10) se necessário proceda-se como segue, pare o motor:
7) girando o botão para a direita aumenta e, para a esquerda diminui a aceleração.
Esta operação é feita com o motor quente e com o acelerador na posição “SLOW”;
8) ajuste do carburador;
9) alta velocidade, regulada de fábrica, baixa velocidade, girar o botão de marcha lenta para a esquerda ou para a direita até que o motor tenha um funcionamento suave;
10) se necessário proceda-se como segue, pare o motor:
a) desengate o botão de ajuste de baixa;
b) utilizando o botão, feche a agulha até que encoste (girar para a direita), não aperte depois, gire para a 3. esquerda 7/8 de volta, ponha o motor em funcionamento e deixe-o funcionar por 02 (dois) minutos;
c) reduza a aceleração até a marcha lenta normal, e ajuste a válvula da agulha até que obtenha o melhor rendimento;
d) coloque novamente o botão na posição vertical (cuidado para não mexer na agulha nesta operação).
b) utilizando o botão, feche a agulha até que encoste (girar para a direita), não aperte depois, gire para a 3. esquerda 7/8 de volta, ponha o motor em funcionamento e deixe-o funcionar por 02 (dois) minutos;
c) reduza a aceleração até a marcha lenta normal, e ajuste a válvula da agulha até que obtenha o melhor rendimento;
d) coloque novamente o botão na posição vertical (cuidado para não mexer na agulha nesta operação).
11) ajuste de ângulo de inclinação;
12) ajustar de acordo com a inclinação da embarcação (deixe nivelado quando estiver andando).
12) ajustar de acordo com a inclinação da embarcação (deixe nivelado quando estiver andando).
Motor caído na água:
1) tire a tampa do motor e lave o motor com água limpa (doce);
2) tire os cabos de velas e as velas;
3) coloque o motor na posição horizontal (com os orifícios das velas para baixo) e puxe o cabo de partida várias vezes (25 vezes mais ou menos) para expulsar a água;
4) monte as peças tiradas e proceda de acordo com as instruções de arranque. Uma vez em funcionamento durante 30 (trinta) minutos;
5) coloque o motor na posição vertical e tire a válvula de alta do carburador para que saia a água;
6) se o motor não arrancar deve tirar as velas e limpá-las e se novamente não arrancar levar o motor para reparo em firma ou oficina autorizada.
Bóia de salvamento:
A especificação nºDFP-192/222/97 do CB fixa as condições mínimas exigidas para a aquisição de bóias circulares:
Flutuador salva-vidas (LIFE BELT):
A especificação n°DFP-308/142 do CB fixa as condições exigidas para a aquisição de flutuador salva-vidas:
Garatéia:
Aparelho para abordagem e busca, que consiste em três ou quatro ganchos tipos anzóis formando um só conjunto, ligado a uma vara de três a quatro metros de comprimento em uma corda comum:
Colete salva-vidas:
É um equipamento de proteção individual à submersão, constituído por uma parte que envolve o tronco e duas semi porções aplicadas sobre os ombros, confeccionado de material flutuante ou por sistema inflável.
Âncora:
Peça de ferro que se lança ao fundo da água para que a embarcação fique segura por meio da corda que a prende.
Lanterna subaquática:
Dependendo do tipo de operação e condição de visibilidade na água, poderá ser utilizada pelo mergulhador:
Fonte: Comissão de Padronização de Salvamento Aquático, Do Corpo De Bombeiros Da PMESP
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